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terça-feira, agosto 27, 2013

O assalto na rua três






Em agosto de 1963, íamos ao banco pegar toda economia que fizemos para o nosso casamento. Era uma tarde, o sol estava escondido por trás das nuvens, que pareciam que queriam chorar. Chegamos ao banco e fizemos o saque. Ela coloca o dinheiro em sua bolsa, e para casa caminhando, iríamos voltar. Viramos na rua três, a cinco quadras do banco. Era a rota que sempre fazíamos. Mas de repente aparecem dois rapazes armados nos cercando dizendo que aquilo era um assalto. Sophia entra em desespero, segura sua bolsa fortemente apertando minha mão, e aos berros dizia aos bandidos;
- Não! Não leve nada de mim, tudo o que eu tenho aqui, é construção de um amor.
Os bandidos não deram a mínima a ela, um dos rapazes me puxou dela nos separando, e apontava a arma sobre minha cabeça, e dizia repetidamente:
- Largue a bolsa, não quero fazer nada contra os dois, apenas dei-me a bolsa, se não terei que fazer algo pior.
Sophia se ajoelha no chão, implora aos bandidos para que não faça nada a nenhum de nós.
Ela segue em direção a um dos bandidos, que está com a arma apontada sobre mim, com a intenção de lhe dar a bolsa. Ela caminha até ter ficado frente a frente com o rapaz, e quando ela vai o entregar a bolsa. Sophia faz algo inesperado, o que não devia fazer, ela soca a mão do bandido e cai a arma dele. Ela segura minha mão e começa a correr aos gritos de socorro. Mas ninguém a ouvia, a rua estava vazia, e do céu parecia que uma tempestade de lágrimas caia. Um dos ladrões aparece pela frente de Sophia, sem pensar duas vezes, ele da um tiro certeiro ao peito de minha amada. Sophia cai, sobre meus braços, e eu desabo ajoelhado. Um dos ladrões pega a bolsa e sai correndo, não se importando com o acontecido.
Eu fico ali com Sophia em meus braços, gritando, dizendo para não me deixar, olhava ao céu, perguntava a Deus o porquê de isso ter acontecido. Queria uma resposta. Sophia abre seus olhos, passa a mão em meu rosto. E sussurrando disse a mim:
- Sidney, eu te peço perdão, por tudo o que eu fiz, pensei que um dinheiro que conseguimos juntos seria nossa felicidade. Eu errei a felicidade mesmo seriam nós dois juntos. Algo que por uma ambição minha não ira se realizar. Se essas forem minhas ultimas palavras, quero que você saiba que eu sempre te amei. E se algum dia você esquecer, olhe ao céu, que de alguma forma, você ira lembrar.
Sophia fecha seus olhos, e Sidney aos gritos dizia:
Não amor, não se vá! Pelo amor de Deus, não quero viver sem você.
Quatro meses depois, no hospital, Sidney segurando a mão direita de Sophia que estava em coma, o mesmo lado do peito que a bala da arma a acertou. Ele não saiu do lado dela, se quer por um momento praticamente desde o ocorrido. Todos os dias, Sidney de alguma forma, com palavras demonstrava o seu amor por Sophia. E num dia que ele dizia, quanto ele a amava. Lágrimas saiam dos olhos dela, mesmo estando fechados. Sidney levanta, da um beijo nela. E surpreendido, ele vê Sophia acordar.
Passou-se um ano depois do coma de Sophia, os dois tiveram sua festa de casamento, e ela teria engravidado. Os dois continuaram suas vidas como uma família. E aprenderam que nada, mas nada é mais importante que um amor para a vida toda.

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